quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Casa da Clarissa indica: Proibido - Tabitha Suzuma


Queridos leitores, vocês precisam ler esta linda obra! Infelizmente ainda não temos no nosso acervo, mas é um livro que merece ser lido.
Proibido é um romance sensível, delicado, sutilmente psicológico, que conta a história de adolescentes, mas é muito profundo. É aquele tipo de leitura que faz você repensar muitas coisas da vida e causa momentos de reflexão em que você se pega olhando pro nada, absorvendo cada palavra e dando um tempo antes de seguir adiante. Se preparem para conhecer uma história emocionante.

"Ela é doce, sensível e extremamente sofrida: tem dezesseis anos, mas a maturidade de uma mulher marcada pelas provações e privações da pobreza, o pulso forte e a têmpera de quem cria os irmãos menores como filhos há anos, e só uma pessoa conhece a mágoa e a abnegação que se escondem por trás de seus tristes olhos azuis.
Ele é brilhante, generoso e altamente responsável: tem dezessete anos, mas a fibra e o senso de dever de um pai de família, lutando contra tudo e contra todos para mantê-la unida, e só uma pessoa conhece a grandeza e a força de caráter que se escondem por trás daqueles intensos olhos verdes.
Eles são irmão e irmã.
Mas será que o mundo receberá de braços abertos aqueles que ousaram violar um de seus mais arraigados tabus? E você, receberia?"

Confira um trecho do livro:


Lochan: Vejo tantas relações superficiais ao meu redor, tantos caras que só estão interessados em sexo, em mais um troféu para a sua coleção de conquistas, antes de passar para a próxima. É difícil de entender por que alguém entra num relacionamento sem qualquer sentimento verdadeiro, substancial, e no entanto ninguém os julga por isso. Eles são “jovens”; estão “só se divertindo” e, é claro, se é o que querem, por que não fariam isso? Mas, nesse caso, por que é tão terrível assim que eu fique com a mulher que amo? Todo mundo tem o direito de fazer o que quiser, de expressar seu amor como bem entender, sem medo de assédio, ostracismo, perseguição ou mesmo a lei. Até relacionamentos emocionalmente violentos e adúlteros costumam ser tolerados, apesar do mal que causam aos outros. Na nossa sociedade progressiva e permissiva, todos esses tipos de “amor” daninhos e doentios são permitidos – mas não o nosso. Não consigo pensar em nenhum outro tipo de amor que seja tão unanimamente rejeitado, embora o nosso seja profundo, apaixonado, generoso e forte a tal ponto que uma separação forçada nos causaria uma dor intolerável. Estamos sendo punidos pelo mundo por uma única e simples razão: o fato de termos sido gerados pela mesma mulher.